DIA D DA CORRUPÇÃO - SENADO ARMA ESQUEMA DE SEGURANÇA PARA REVELAÇÕES DE PAULO ROBERTO COSTA

17/09/2014 08:41
A Polícia Legislativa do Senado preparou um esquema especial de segurança para receber nesta quarta-feira (17) o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que prestará depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) às 14h30. Ele está preso desde junho em Curitiba e foi convocado pelos parlamentares a dar esclarecimentos sobre denúncias de corrupção na empresa.
 
Costa será transportado e escoltado de Curitiba até o prédio do Congresso Nacional, em Brasília, pela Polícia Federal, conforme determinado pela Justiça Federal do Paraná. Nas dependências do Senado, a escolta passará a ser de responsabilidade da Polícia Legislativa, que restringirá o acesso do público à sala e à ala do prédio onde funciona a CPMI.
 
O plenário em que ocorrerá o depoimento tem capacidade para apenas 60 pessoas, por isso o Senado transmitirá a audiência em telões em outras três salas vizinhas, que poderão ser acessadas apenas por parlamentares, servidores, assessores e imprensa credenciada. Ainda que o depoimento seja realizado em sessão secreta, há o risco de informações passadas por Costa vazarem para a imprensa. “Nada é secreto neste Congresso”, disse o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), integrante da comissão. O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) ponderou que, neste caso, Costa não poderá será prejudicado. “Não será culpa dele.”
 
De acordo com a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Todos negaram envolvimento no esquema de corrupção.