ENFIM, QUAL SERÁ A PENA PARA O ELEITOR QUE AJUDAR A ELEGER CANDIDATOS CRIMINOSOS?

18/09/2014 14:11
Por: Lauro Braga
 
 O Rio Grande do Norte poderá eleger um criminoso para ocupar a cadeira de governador do Estado, caso seja comprovado pela justiça o envolvimento do candidato Henrique Eduardo Alves no escândalo da Petrobras, já batizado de Mensalão 2. Esse é um assunto que tem preocupado alguns analistas da nossa política local. Caso Henrique seja eleito governador e após as eleições fique comprovado o seu envolvimento no recebimento de propina o bicho vai pegar de vez. Especula-se que o candidato do PMDB teria recebido algo em torno de R$ 35 milhões da estatal, dinheiro sujo, desviado de um patrimônio de todos para o bolso de alguns poucos.
 
 Caso Alves chegue a ser eleito com que cara ficará o eleitor que ajudou a eleger um candidato criminoso? Essa e outras perguntas andam vagando os corredores da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Outro ponto certo, após a comprovação do envolvimento de Alves, será o eminente afastamento do futuro governador do cargo para que tudo possa ser apurado com lisura e transparência total.
 
 Estamos vivendo um momento suspeito na eleição e muitos candidatos citados como membros da organização criminosa que estava saqueando a Petrobrás poderão ser eleitos pelo fato de não ficar provado até lá os envolvimentos deles no recebimento de propinas. Existe um verdadeiro abafa geral para levar esse escândalo para depois das eleições. Empossados e com o poder nas mãos governadores corruptos vão ter mais força para lutar a seu favor nessa luta sem fim da corrupção brasileira.
 
 O melhor a fazer na opinião de milhões de brasileiros, segundo pesquisa social, seria a suspensão das eleições tanto no Rio Grande do Norte e demais Estados que tenham candidatos acusados de envolvimento em atos de corrupção. Suspensão geral até que tudo fique esclarecido, só depois da apuração dos supostos crimes a Justiça Eleitoral marcaria uma data conveniente para a realização das eleições nesses estados. Isso sim seria o pleno exercício da democracia em respeito ao povo brasileiro.